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Será este exercício benéfico para a sua Tendinopatia de Aquiles?

A tendinopatia de Aquiles é um problema bastante comum em pessoas que realizam actividade física (ex: corredores), mas também em pessoas mais sedentárias. Quando existe uma tendinopatia de Aquiles (tendão localizado na região de trás do tornozelo), esta pode ser caracterizada pela presença de dor e disfunção, com uma marcada intolerância ao exercício e movimento, principalmente, o exercício que envolve maiores cargas como os saltos e a corrida. Em algumas situações, a tendinopatia de Aquiles pode mesmo afectar as actividades da vida diária, limitando os movimentos.

Um dos tratamentos mais recomendados para a tendinopatia de Aquiles é a realização de exercícios que possibilitem melhorar a situação. Assim, é normal quem sofre deste problema procurar na internet exercícios que possa fazer para ajudar na sua recuperação. Um dos exercícios mais recomendados envolve estar num degrau, ficar na ponta dos dedos com os dois pés, descer com o apoio de um só pé (até ao máximo que conseguir), e voltar a subir com os dois pés (exercício excêntrico). Será, no entanto, este exercício benéfico para todas as tendinopatias de Aquiles?

Em primeiro lugar, as tendinopatias de Aquiles não são todas iguais (a patologia no tendão é muito complexa). Não entrando em características mais técnicas, as tendinopatias de Aquiles podem ser diferentes mesmo em relação à sua localização. Esta patologia pode ocorrer no corpo do tendão (mais ou menos a meio do tendão), na união miotendinosa (junção do tendão com os músculos da perna), ou mesmo na inserção com osso calcâneo sendo, neste caso, denominadas por tendinopatias de Aquiles insercionais.

Nas tendinopatias de Aquiles insercionais, se realizarmos uma avaliação dinâmica com recurso a um ecógrafo (equipamento que permite visualizar os nossos tecidos, em tempo real), durante a realização deste exercício, verificamos que o movimento realizado pode levar a uma maior compressão na região. Na fase em que estamos apoiados num só pé e descemos, existe um aumento da compressão entre o tendão de Aquiles, uma bursa que evita o atricto (bursa retrocalcaneana), e o osso calcâneo.

As fibras do tendão não lidam bem com a compressão, o que pode provocar, em alguns casos, um aumento nos sintomas, podendo mesmo agravar a situação e tornar o tendão menos funcional. Assim, caso haja uma tendinopatia de Aquiles insercional, este exercício não deverá ser realizado enquanto existir uma compressão significativa desta região. Esta compressão pode ser avaliada rapidamente utilizando um ecógrafo enquanto realizamos o exercício.

Para melhor percepcionar esta temática, pode visualizar o vídeo que tenho no Youtube.

Fisioterapeuta Óscar Caridade
Ordem dos Fisioterapeutas 805

INTRAFISIO - Centro clínico de referência no tratamento de lesões ortopédicas e desportivas.

INTRAFISIO, LDA - NIPC 513036385
Rua de Aveiro, Lote 2A, 3000-064 Coimbra, Portugal
Número de Registo ERS: 23601 - Licença de Funcionamento: 23687

Autor: Fisioterapeuta Óscar Caridade, junho 2020

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Otimização da regeneração após lesão muscular, mediante a aplicação da técnica EPI®
Por Fisioterapeuta Óscar Caridade 16 de agosto de 2021
Atualmente, sabemos que na presença de uma lesão muscular, como resposta a sinais relacionados com dano nas miofibrilas e consequente infiltração de células inflamatórias (neutrófilos e macrófagos), existe uma necrose das células musculares. Nas zonas de lesão das miofibrilas, ocorre uma desgranulação dos mastócitos, provocando a libertação de citocinas pró-inflamatórias, tais como, o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), a interleucina - 1 (IL-1), e a histamina. Estas irão provocar a infiltração de um maior número de mastócitos e neutrófilos, favorecendo o processo de inflamação. De igual forma, os neutrófilos ativados libertam substâncias como, o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), o interferão –γ (IFN-γ), a interleucina 1 beta (IL-1β), a interleucina 1 (IL-1) e a interleucina 8 (IL-8). Nesta etapa, existe uma ativação das espécies reativas de oxigénio (ROS), que contribuem para a degradação das fibras musculares e alterações vasculares (isquémia-reperfusão). Um cenário que agrava a lesão muscular podendo, igualmente, atrasar a passagem para a seguinte fase do processo de regeneração muscular. Por esta razão, perante uma lesão muscular, poderá ser benéfico para o utente, a utilização da Electrólise Percutânea Intratecidular - EPI®. A aplicação da técnica EPI®, segundo a investigação realizada por Abat, et al. (2015), promove uma diminuição significativa dos valores do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e da interleucina 1 (IL-1). De igual forma, é verificado um aumento nos valores dos recetores ativados pelo proliferador de peroxissoma - γ (PPAR-γ), dos fatores de crescimento do endotélio vascular (VEGF), e dos VEGF –R1. Os fatores de necrose tumoral alfa (TNF-α), ficam elevados logo após a lesão muscular e permanecem aumentados por muitos dias após a mesma. A EPI®, ao promover a diminuição dos valores dos TNF-α, impede alterações no processo de diferenciação celular, aumentos do catabolismo celular (inibição da resposta regenerativa das células satélite), e a degradação de proteínas. Atuando na diminuição dos valores da interleucina 1 beta (IL-1β), uma citocina pró-inflamatória que também permanece aumentada na lesão muscular durante vários dias. A EPI® consegue diminuir a necrose tecidular focal e, de igual forma, evitar a inibição da síntese de proteínas. A utilização da técnica potência um aumento nos valores dos recetores ativados pelo proliferador de peroxissoma - γ (PPAR-γ), o que promove uma diminuição na expressão de genes pró-inflamatórios e um aumento nos índices de regeneração muscular. São, igualmente, verificados aumentos significativos nos fatores de crescimento do endotélio vascular (VEGF), e dos VEGF –R1, que promovem um efeito angiogênico (manutenção da micro-circulação), e estimulam a diferenciação miogénica das células satélite musculares, contribuindo para a regeneração muscular. A técnica possibilita, assim, controlar alguns fatores inflamatórios, que apesar de serem importantíssimos na fase inicial para o processo de regeneração muscular (ex: promoção de um microambiente favorável à proliferação das células satélite), poderão, quando em valores demasiado elevados, agravar o dano muscular e atrasar o processo de regeneração, como por exemplo, a inibição da transição de macrófagos M1 para macrófagos M2 (componente essencial para a regeneração muscular in vivo). Já conheces a nossa formação em Electrólise Percutânea Intratecidular - EPI®? Para mais informação sobre o curso CLICA AQUI Autor: Fisioterapeuta Óscar Caridade Professor Oficial da Técnica EPI® pela EPI Advanced Medicine Fisioterapeuta Óscar Caridade Ordem dos Fisioterapeutas 805 INTRAFISIO - Centro clínico de referência no tratamento de lesões ortopédicas e desportivas. INTRAFISIO, LDA - NIPC 513036385 Rua de Aveiro, Lote 2A, 3000-064 Coimbra, Portugal Número de Registo ERS: 23601 - Licença de Funcionamento: 23687 Fontes: Abat F, Valles SL, Gelber PE, Polidori F, Jorda A, García-Herreros S, Monllau JC, Sanchez-Ibáñez JM. An experimental study of muscular injury repair in a mouse model of notexin-induced lesion with EPI® technique. BMC Sports Sci Med Rehabil. 2015 Apr Chellini F, Tani A, Zecchi-Orlandini S, Sassoli C. Influence of Platelet-Rich and Platelet-Poor Plasma on Endogenous Mechanisms of Skeletal Muscle Repair/Regeneration. Int J Mol Sci. 2019 Feb Yang W, Hu P. Skeletal muscle Regeneration is modulated by inflammation. J Orthop Translat. 2018 Feb Le Moal E, Pialoux V, Juban G, Groussard C, Zouhal H, Chazaud B, Mounier R. Redox Control of Skeletal Muscle Regeneration. Antioxid Redox Signal. 2017 Aug
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