Tendinopatia do supraespinhoso: O que é? Quais os sintomas? Existe tratamento?

O que é?
O termo tendinopatia do supraespinhoso corresponde à patologia encontrada neste tendão que é caracterizada pela presença de dor (muitas vezes dor no ombro noturna), intolerância ao movimento/exercício e incapacidade funcional. Normalmente, a tendinopatia do supraespinhoso (também conhecida como tendinite do supraespinhoso ou tendinose do supraespinhoso), envolve a combinação de um processo de degeneração das fibras do tendão com alguma componente inflamatória. Devido a estas alterações, o tendão sofre uma falência do processo de cura que resulta, habitualmente, neste quadro de dor e incapacidade funcional.
Quais as causas?
A tendinopatia do supraespinhoso (também conhecida por tendinopatia da coifa dos rotadores, tendinite do supraespinhoso ou tendinose do supraespinhoso), pode ter causas internas (intrínsecas) e causas externas (extrínsecas). As causas intrínsecas estão relacionadas com mecanismos internos do nosso corpo, desde fatores genéticos a questões anatómicas (por exemplo a vascularização do tendão), que aumentam a suscetibilidade à lesão. Por outro lado, as causas externas ou extrínsecas estão associadas a esforços repetidos no trabalho ou no desporto ou devido a uma sobrecarga excessiva do tendão que leva ao desenvolvimento da lesão.
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Quais são os sintomas?
A tendinopatia do supraespinhoso pode ser acompanhada de vários sintomas. Podem surgir sintomas associados a esta patologia como dor na região da frente e lateral do ombro (dor que pode irradiar também para o braço), dor no ombro noturna que impede de dormir, disfunção e incapacidade de realizar alguns movimentos do ombro (principalmente movimentos acima da cabeça, como um simples gesto de coçar a cabeça), intolerância ao exercício, bem como, uma limitação significativa nas atividades da vida diária (limpar, arrumar, carregar pesos), e na componente laboral. No entanto, cada caso é um caso e os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mesmo que a patologia seja semelhante.
Existe tratamento para a tendinopatia do supraespinhoso?
Muitas pessoas questionam-se como tratar a tendinopatia do supraespinhoso (como tratar a tendinite do supraespinhoso? ou como tratar a tendinose do supraespinhoso?). As lesões dos tendões são situações complexas e envolvem um tratamento especializado uma vez que sujeitar o tendão a cargas excessivas e movimentos inadequados pode provocar mais dano no tendão e agravar a condição clínica e os sintomas. Na Intrafisio, em Coimbra, dispomos de profissionais habilitados e especializados nos melhores tratamentos para as tendinopatias do supraespinhoso. Um dos tratamentos que mais utilizamos (> 10.000 procedimentos realizados), a Electrólise Percutânea Intratecidular - EPI, apresenta excelentes resultados neste tipo de lesões tendo ficado conhecida pela sua utilização em atletas de alta competição. A Electrólise Percutânea Intratecidular potencia o processo de recuperação do tendão, permitindo obter uma diminuição da dor e possibilitando alcançar níveis de função adequados o que permite realizar novamente as atividades diárias sem dor ou mesmo exercício físico.
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Fisioterapeuta Óscar Caridade
Ordem dos Fisioterapeutas 805
INTRAFISIO - Centro clínico de referência no tratamento de lesões ortopédicas e desportivas.
INTRAFISIO, LDA - NIPC 513036385
Rua de Aveiro, Lote 2A, 3000-064 Coimbra, Portugal
Número de Registo ERS: 23601 - Licença de Funcionamento: 23687

Atualmente, sabemos que na presença de uma lesão muscular, como resposta a sinais relacionados com dano nas miofibrilas e consequente infiltração de células inflamatórias (neutrófilos e macrófagos), existe uma necrose das células musculares. Nas zonas de lesão das miofibrilas, ocorre uma desgranulação dos mastócitos, provocando a libertação de citocinas pró-inflamatórias, tais como, o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), a interleucina - 1 (IL-1), e a histamina. Estas irão provocar a infiltração de um maior número de mastócitos e neutrófilos, favorecendo o processo de inflamação. De igual forma, os neutrófilos ativados libertam substâncias como, o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), o interferão –γ (IFN-γ), a interleucina 1 beta (IL-1β), a interleucina 1 (IL-1) e a interleucina 8 (IL-8). Nesta etapa, existe uma ativação das espécies reativas de oxigénio (ROS), que contribuem para a degradação das fibras musculares e alterações vasculares (isquémia-reperfusão). Um cenário que agrava a lesão muscular podendo, igualmente, atrasar a passagem para a seguinte fase do processo de regeneração muscular. Por esta razão, perante uma lesão muscular, poderá ser benéfico para o utente, a utilização da Electrólise Percutânea Intratecidular - EPI®. A aplicação da técnica EPI®, segundo a investigação realizada por Abat, et al. (2015), promove uma diminuição significativa dos valores do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e da interleucina 1 (IL-1). De igual forma, é verificado um aumento nos valores dos recetores ativados pelo proliferador de peroxissoma - γ (PPAR-γ), dos fatores de crescimento do endotélio vascular (VEGF), e dos VEGF –R1. Os fatores de necrose tumoral alfa (TNF-α), ficam elevados logo após a lesão muscular e permanecem aumentados por muitos dias após a mesma. A EPI®, ao promover a diminuição dos valores dos TNF-α, impede alterações no processo de diferenciação celular, aumentos do catabolismo celular (inibição da resposta regenerativa das células satélite), e a degradação de proteínas. Atuando na diminuição dos valores da interleucina 1 beta (IL-1β), uma citocina pró-inflamatória que também permanece aumentada na lesão muscular durante vários dias. A EPI® consegue diminuir a necrose tecidular focal e, de igual forma, evitar a inibição da síntese de proteínas. A utilização da técnica potência um aumento nos valores dos recetores ativados pelo proliferador de peroxissoma - γ (PPAR-γ), o que promove uma diminuição na expressão de genes pró-inflamatórios e um aumento nos índices de regeneração muscular. São, igualmente, verificados aumentos significativos nos fatores de crescimento do endotélio vascular (VEGF), e dos VEGF –R1, que promovem um efeito angiogênico (manutenção da micro-circulação), e estimulam a diferenciação miogénica das células satélite musculares, contribuindo para a regeneração muscular. A técnica possibilita, assim, controlar alguns fatores inflamatórios, que apesar de serem importantíssimos na fase inicial para o processo de regeneração muscular (ex: promoção de um microambiente favorável à proliferação das células satélite), poderão, quando em valores demasiado elevados, agravar o dano muscular e atrasar o processo de regeneração, como por exemplo, a inibição da transição de macrófagos M1 para macrófagos M2 (componente essencial para a regeneração muscular in vivo). Já conheces a nossa formação em Electrólise Percutânea Intratecidular - EPI®? Para mais informação sobre o curso CLICA AQUI Autor: Fisioterapeuta Óscar Caridade Professor Oficial da Técnica EPI® pela EPI Advanced Medicine Fisioterapeuta Óscar Caridade Ordem dos Fisioterapeutas 805 INTRAFISIO - Centro clínico de referência no tratamento de lesões ortopédicas e desportivas. INTRAFISIO, LDA - NIPC 513036385 Rua de Aveiro, Lote 2A, 3000-064 Coimbra, Portugal Número de Registo ERS: 23601 - Licença de Funcionamento: 23687 Fontes: Abat F, Valles SL, Gelber PE, Polidori F, Jorda A, García-Herreros S, Monllau JC, Sanchez-Ibáñez JM. An experimental study of muscular injury repair in a mouse model of notexin-induced lesion with EPI® technique. BMC Sports Sci Med Rehabil. 2015 Apr Chellini F, Tani A, Zecchi-Orlandini S, Sassoli C. Influence of Platelet-Rich and Platelet-Poor Plasma on Endogenous Mechanisms of Skeletal Muscle Repair/Regeneration. Int J Mol Sci. 2019 Feb Yang W, Hu P. Skeletal muscle Regeneration is modulated by inflammation. J Orthop Translat. 2018 Feb Le Moal E, Pialoux V, Juban G, Groussard C, Zouhal H, Chazaud B, Mounier R. Redox Control of Skeletal Muscle Regeneration. Antioxid Redox Signal. 2017 Aug